segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Andar em círculos

Nas considerações sobre os EUA do Planisfério Pessoal surge o assunto das várias mudanças de casa, cidade, estado, que um americano faz ao longo da sua vida. Simultaneamente o cenário americano é caracterizado pela igualdade, o espaço parece homogénio, muda-se de cidade e não se nota a diferença. Cidades iguais, com as mesmas lojas, os mesmo restaurantes, os mesmo cafés, até as mesmas casas. Segundo o texto 75% das vivendas americanas segue o mesmo modelo, um americano pode mudar de casa e passar para outra exactamente igual - só tem de se adaptar ao novo número da porta.
Num país onde se fala a mesma língua e onde tudo é idêntico as viagens e mudanças de casa são uma caricatura, Mudamos de sítio e sem que grande coisa se altere. Como a descrição da américa também não é muito favorável no que toca às relações humanas, a viagem torna-se ainda mais fácil, até os amigos parecem padronizados.

É difícil considerar o país como a terra da igualdade, é antes a terra da não-diferença. É a irona da terra do capitalismo ter um nível de padronização só comparável ao dos Estados comunistas.

You can paint it any color, so long as it's black ainda é o melhor lema sobre a liberdade de escolha no capitalismo mais aguerrido.


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