segunda-feira, 21 de julho de 2008

Wesceslau de Moraes - O Culto do Chá

Parte 8

À introdução e vulgarização do chá na terra japonesa deveu grande incremento uma indústria desde remotos tempos exercida mas toscamente praticada - a cerâmica -, que havia de alcançar com o correr dos tempos um supremo grau de perfeição como arte nacional. A conservação da preciosa folha, exigindo escrúpulos inauditos para reter o seu perfume, marcou o ponto de partida. Foi Toshiro, um oleiro da aldeia de Seto, na província de Owari, quem fabricou os primeiros boiões para guardar o chá, empregando processos que aprendera na China, respeitantes à perfeição da pasta e dos esmaltes. Passava-se isto há sete séculos; e é curioso registar que seto-mono (objecto do Seto) é ainda hoje o nome consagrado para qualquer objecto de cerâmica.
Dos boiões, passou-se gradualmente às chávenas, aos bules, à gentil e complicada baixela que a infusão foi reclamando e o luxo pondo em moda; e ora aqui está como cerâmica no Japão - faiança ou porcelana -, que atingiu requintes de arte primosíssima, deveu ao chá e à água morna melhores progressos.

domingo, 6 de julho de 2008

Tentativa de persuasão de uma funcionária por um chefe:

- Não está interessada em ir para uma filial da nossa empresa no estrangeiro?
- Não. Sabe, tenho aqui a minha famíla...
- Eu também tenho aqui a minha família e estou lá.
- A sua noção de família não deve ser igual à minha.