sábado, 9 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

Juntem uma lâmina ao pescoço e tudo parece mais intenso! Um musical com lâminas familiares a aproximar-se do seu devido lugar, o pescoço, fazem-nos agarrar à música para fugir aos arrepios. É um golpe de génio, o espectador vê mortes e sangue embalado na música. A mistura transforma as cenas, o som ganha cor e nós, cercados de iguais por todos os lados, não conseguimos resistir ao impeto musical. E, rapidamente, já não importa quem e como morre, quanto sangue jorra, o ambiente é de festa - com facilidade aceitamos como normais as mais bizarras acções. Fomos manipulados pelo som, desejamos que a celebração continue. Gostamos de todos, dos bons - se os houvesse, dos maus, de todos!, pois todos trazem a música gratificante que nos salva de todo aquele sangue. Mas só no fim nos apercebemos de como gostamos de todos e sentimos o conforto no desenlace da história de homens que vivem dos seus impulsos.

A imagem não nos distrai, o câmara é como uma coreógrafa, temos aqui uma perfeita fusão de som e imagem em que nenhuma das partes consegue existir de modo independente. Um filme extraordinário para aqueles que se deixam guiar numa sala de cinema.

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2 comentários:

Anónimo disse...

E viva o Tim Burton. Ainda não consegui ver o raio do filme!

Anónimo disse...

Oh, tinhas razão! Que filme!